quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Você da ouvidos a sua intuição?

Depois de uma prolongada ausência trago boas dicas de leitura!

Sou assinate de uma revista chamada VIDA SIMPLES, talvez vocês já a conheçam. Ela aborda temas muito interessantes sobre psicologia, filosofia, sociologias e cotidiano.

A seguir colocarei, aqui no blog, trechos de uma matéria sobre INTUIÇÃO assinada por Rafael Tonon. Espero que apreciem, assim como eu.

Boa leitura!


"Uma forma de conhecimento não respaldada pela razão está na intuição, que vem do latim intueri e significa considerar, ver anteriormente. (...)

Hoje o modelo de conhecimento que temos do mundo moderno ocidental ainda é muito embasado pelo pensamento racional e lógico. "É algo que herdamos dos gregos há mais de 2 mil anos" afirma o psicoterapêuta e filósofo Ari Rehfeld. (...)

A intuição é uma aptidão que todos nós temos, mas que precisa ser desenvolvida - assim como a própria capacidade de pensar. É aquela percepção ou decisão qie aparentemente não tem uma explicação lógica e que até contraria o senso comum, mas que no fim das contas faz todo o sentido. ela funciona como um guia interno, que se manifesta através de um conhecimento não linear. "Por isso a intuição aparece através de sensações inexplicáveis, insights, sonhos, ou de uma voz interna que parece dizer 'isso vai funcionar' ou 'isso não vai funcionar' dia a psiquiatra americana Judith Orloff (...).

(...) "Um pressentimento sempre nos inquieta porque não sabemos de onde ele surgiu, ele não vem a partir de um raciocínio consciente, mas de um lugar desconhecido da nossa mente", escreve Judith.

A lógica e os modos conscientes de pensamento monopolizaram nossa forma de compreender o mundo. Mas, no entanto, a lógica é apenas umas das muitas ferramentas úteis de que a mente pode se valer. “Até porque há informações e percepções que vão direto para o inconsciente, sem passar pelo filtro do nosso consciente”, complementa Rehfeld. Filósofos como Platão já valorizaram a intuição como um ponto de partida para suas ideias. As sacadas surgiam intuitivamente e, depois, eles tratavam de colocá-las à prova sob a luz do racionalismo. “Mas hoje vivemos num mundo em que não temos tempo de parar e intuir. Estamos condenados ao ritmo do pensamento racional”, diz o psicoterapeuta. (...)

(...) nós só temos intuições a partir de experiências, de informações e do conhecimento que obtivemos, voluntariamente ou não. “Na verdade, a natureza dá ao ser humano um potencial, e a prática ao longo do tempo se transforma numa capacidade.” A mente intuitiva se adapta e age com economia valendo-se do inconsciente, das aptidões evolutivas e dos métodos empíricos que desenvolvemos no decorrer da nossa vida. Eles consistem em procurarmos nos ater à informação mais relevante e ignorar o resto. Na maior parte das vezes, os pressentimentos se baseiam num volume surpreendentemente pequeno de informações. (...)

As pessoas que resolvem seguir sua intuição e se dão bem passam a dar mais valor aos avisos e sinais que o inconsciente lhes dá. (...)

Intuir, na verdade, significa utilizar um outro sentido de que dispomos além da visão, da audição, do olfato, do paladar e do tato. É mesmo como um “sexto sentido” colocado à nossa disposição e que nos ajuda a melhorar nossa relação com o mundo e facilitar nossa vida. E da mesma forma que, quanto mais nós ouvimos, melhor reconhecemos um ruído, quanto mais usamos a intuição, melhor conseguimos aproveitar os pressentimentos. A intuição melhora com a experiência sem que a gente se dê conta. (...)

(...)  É o autoconhecimento, aliás, que nos permite reconhecer os pressentimentos que a nossa mente tem. Porque é fácil confundir intuição com desejo e com medo. (...) “Uma pessoa que tem a sensação estranha de que seu avião pode cair precisa ponderar se não se trata de um medo que ela mesma tem de voar. Porque a mente de um fóbico tende a projetar todos os riscos relacionados a um medo”, diz a psicóloga Virgínia Marchini, diretora do Centro de Desenvolvimento do Potencial Intuitivo, em São Paulo.

Se estivermos realmente atentos aos sinais do inconsciente, defende Virgínia, aumentamos nossa capacidade de usar nossa intuição e de decidir acertadamente. Para que isso ocorra, precisamos estar com a mente mais tranquila possível – afinal, quanto maior nosso nível de estresse e de ansiedade, menor a acuidade dos nossos sentidos. “Nervosos e agitados, somos menos propensos a sentir gostos, diferenciar cheiros e, consequentemente, perceber pressentimentos”, diz. A intuição depende de um estado mental de relaxamento.  (...)

Intuir, portanto, é enxergar melhor o mundo olhando para dentro de nós mesmos. Por isso é preciso confiar nas nossas próprias intuições. De nada adianta abrir uma comunicação com o inconsciente se esse conhecimento não impulsionar ações. (...)"

Leia a matéria na integra na revista BEM VIVER  edição 94 - julho de 2010 

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