Eros, “criador de toda a vida”, força poderosa que não tem origem porque é, em si mesmo, o princípio de tudo. O elemento que produz e une mortais e imortais. Sua genealogia perde-se na distancia do infinito e do mistério. Na imensidão do universo que ele harmoniza e alimenta a vida.
Só os filósofos atribuíram-lhe pais, porém tão elevados que o eximem da poeira da matéria, das coisas que os homens erroneamente julgam valiosas. Platão menciona-o como fruto da Pobreza (Pênia) e do Recurso (Poros) – este filho da Prudência. Outros o fazem nascer de Júpiter (Zeus) e de Vênus (Afrodite). Mas todos concordam em que a natureza de Eros expressa, ao mesmo tempo, uma força, uma idéia, um sentimento.
Os poetas cantam-no como símbolo impalpável da vida, que corre no sangue dos homens, nas linfas da terra, na harmonia dos astros, no vigor dos animais e na germinação das plantas. Não lhe atribuem pais – porque a vida não pode ter filiação alguma.
O Mito...
Longa e árdua foi a guerra. Dez anos decorreram entre os primeiros combates e o glorioso triunfo. Saturno e os Titãs, seus aliados, vencidos pelos deuses irmãos, foram confinados os infernos, sob a vigilância dos monstros. Em conferência, os vencedores reuniram-se e dividiram entre si o domínio do mundo. Netuno ganhou a soberania dos mares. Plutão assumiu o reino dos mortos e Júpiter subiu ao Olimpo para de lá comandar, altíssimo e absoluto, a terra, o céu, os homens e todos os demais deuses.
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